As cordas prendem meus pés e eu já não posso caminhar. Minhas mãos feridas tentam em vão desfazer as amarras, mas é inútil! Então me sento e começo a cantar. Eu canto para que alguém se compadeça de mim. Tamanhas são as feridas provocadas pelo meu desespero incessante. Meu corpo desfalece aos poucos, inerte e impotente, exatamente ali, no mesmo lugar onde estivera a vida inteira.
Minha alma, no entanto já cresceu. E numa tentativa insana, tenta de todas as formas, libertar-se daquilo a prende, que a impede de caminhar. Aos poucos se solta da matéria, e já pode olhar ao redor.
É tudo tão belo, tão sagrado, tão vivo, tão divino.
Milhares de almas olhando para o alto.
Para o mesmo lugar.
O eterno.
Minha alma, no entanto já cresceu. E numa tentativa insana, tenta de todas as formas, libertar-se daquilo a prende, que a impede de caminhar. Aos poucos se solta da matéria, e já pode olhar ao redor.
É tudo tão belo, tão sagrado, tão vivo, tão divino.
Milhares de almas olhando para o alto.
Para o mesmo lugar.
O eterno.
* Ao som de Benditas - Mart'nália e Zélia Duncan