A historia diz que o Grande Deus Sol velejava pelo céu em 2 barcos. Era chamado Khepri pela manhã, quando guiava o Atet, desde o nascer do sol até o meio-dia, quando era chamado Ré. E o Sectet, do meio dia até o por do sol, quando recebia o nome de Atum. E quando cruzava a escuridão, atravessando inclusive o Reino de Osíris, para lutar com Apep, seu maior inimigo. E voltava a fazer tudo de novo apos a grande luta.
Não consigo não pensar nisso durante meu dia. Penso sempre no sacrifício que o grande Ré fez, só pra que eu pudesse contemplá-lo no seio de Nut (Deusa Senhora dos céus). Pra que haja mais um dia. E o que nós lhes damos em troca? Nada. Nada alem de orações. Às vezes me sinto tão ingrata! Rsrs
Todos somos parte desse interminável ciclo. E se ele ocorre do lado de fora, porque desistir das mudanças que acontecem do lado de dentro também? Recuso-me a desistir de ter uma vida melhor. De ser melhor. De estar mais próxima dos Deuses. Recuso-me.
"... Perco o fio da vida
Olho o rio sem continuidade
Estranhas cenas surgem
Partidas de outra idade
Ora criança, ora anciã,
Ambas prisioneiras
De um fio tênue do inconsciente
Que a calada da noite consente"
(Claudia Araujo)
O quão vingativas as pessoas podem ser? Será que são tão vingativas, que seriam capazes de assinar uma ‘sentença de morte’? Será que são tão vingativas a ponto de abrir mão daquilo que conquistaram? A ponto de darem “um boi para não entrar numa pra briga e uma boiada para não sair dela”?
Faz tempo que não entro em uma guerra. Muito tempo mesmo. E já nem sei se ainda sei lutar em uma. Acho horrível esse tipo de disputa e muito me desanima, saber que algum dispõe de tantos sentimentos ruins quanto a mim.
*Ao som de Viva Forever - Spice Girls