terça-feira, 20 de novembro de 2007

O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas. (Willian George Ward)

A mudança que vem de dentro. O que nasce no coração e apodera-se do corpo, da mente, da sombra e do espírito. Nascer, morrer e renascer. Processos que ocorrem todos os dias, num ciclo infindável. Processos que nem sempre são aproveitados.
A historia diz que o Grande Deus Sol velejava pelo céu em 2 barcos. Era chamado Khepri pela manhã, quando guiava o Atet, desde o nascer do sol até o meio-dia, quando era chamado Ré. E o Sectet, do meio dia até o por do sol, quando recebia o nome de Atum. E quando cruzava a escuridão, atravessando inclusive o Reino de Osíris, para lutar com Apep, seu maior inimigo. E voltava a fazer tudo de novo apos a grande luta.
Não consigo não pensar nisso durante meu dia. Penso sempre no sacrifício que o grande Ré fez, só pra que eu pudesse contemplá-lo no seio de Nut (Deusa Senhora dos céus). Pra que haja mais um dia. E o que nós lhes damos em troca? Nada. Nada alem de orações. Às vezes me sinto tão ingrata! Rsrs
Todos somos parte desse interminável ciclo. E se ele ocorre do lado de fora, porque desistir das mudanças que acontecem do lado de dentro também? Recuso-me a desistir de ter uma vida melhor. De ser melhor. De estar mais próxima dos Deuses. Recuso-me.

"... Perco o fio da vida
Olho o rio sem continuidade
Estranhas cenas surgem
Partidas de outra idade
Ora criança, ora anciã,
Ambas prisioneiras
De um fio tênue do inconsciente
Que a calada da noite consente"
(Claudia Araujo)

O quão vingativas as pessoas podem ser? Será que são tão vingativas, que seriam capazes de assinar uma ‘sentença de morte’? Será que são tão vingativas a ponto de abrir mão daquilo que conquistaram? A ponto de darem “um boi para não entrar numa pra briga e uma boiada para não sair dela”?

Faz tempo que não entro em uma guerra. Muito tempo mesmo. E já nem sei se ainda sei lutar em uma. Acho horrível esse tipo de disputa e muito me desanima, saber que algum dispõe de tantos sentimentos ruins quanto a mim.

*Ao som de Viva Forever - Spice Girls

2 comentários:

S. Thot disse...

Sobre a Guerra

Não raro a guerra chega até nós, pois nossa sociedade se baseia no conflito ainda que não o queiramos.

Lembra um pouco a vila dos Hobbits, indiferente à sorte de cinco de seus moradores que arriscam a vida pela manutenção das coisas nas terra de Mordor.

E, quando se sobrevive nunca se é o mesmo: sempre diferente, sempre outro...


Ré sabe disso e, toda vez que atravessa o céu prepara para nós um dia diferente, pois não é possível vencer o inimigo sempre da mesma maneira.

Inspiradíssimo seu texto. Me fará pensar amanhã...

Abraços!


S.

Pagan Love Songs disse...

Não há guerras ganhas, se não aquelas que fazemos contra nós mesmos.

Não faz sentido lutar contra o que vem de fora, creio eu.
Mas aproveite a paz, uma vez que as batalhas travadas dentro do nosso próprio peito, sempre estão na eminência de acontecerem quando menos esperamos.